Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Estabilidade de miRNAs: Como é calibrada a Regulação do Transcriptoma na Neurodegeneração
Lais Takata Walter, Érica Sousa, Guilherme Shigueto Vilar Higa, Guilherme Shigueto Vilar Higa, Guilherme Shigueto Vilar Higa, Guilherme Shigueto Vilar Higa

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Introdução: MicroRNAs (miRNAs) são RNAs endógenos de curta extensão que regulam a expressão gênica (geralmente negativamente) a nível pós transcricional. Diversos estudos sobre neurogênese e neurodegeneração evidenciam que os miRNAs são importantes para a homeostase do tecido neural, já se conhecendo assinaturas de miRNAs durante o desenvolvimento e degeneração do sistema nervoso, bem como a abundância de algumas endonucleases e proteínas auxiliares envolvidas com a biogênese de miRNAs.Recentemente, duas proteínas – XRN2 e PAPD4 – foram apontadas como atuantes na degradação e controle da estabilidade de miRNAs, sendo um fator de alta relevância para ajustes finos de abundância de miRNAs e, consequentemente, influem na regulação do transcriptoma como um todo.

Objetivos: Avaliar a modulação de XRN2 e PAPD4 a nível de RNA mensageiro e proteína após injúria traumática na retina de mamíferos.


Metodologia: Após anestesia, foram induzidas lesões mecânicas na retina de ratos (Rattus norvegicus) por meio de agulha de insulina, com tempo de sobrevida variando de seis horas a sete dias pós lesão. Após eutanásia por decapitação, o material obtido foi utilizado para extração de RNA total e realização de RT-PCR e fixação para obtenção de criossecções para análise de imunohistoquímica.

Resultados: XRN2 apresenta aumento significativo em um dia pós-lesão, voltando em tempo relativamente curto aos níveis encontrados no tecido sem lesão. PAPD4, por outro lado, apresenta diminuição da expressão em três dias pós-lesão, voltando aos níveis fisiológicos aos sete dias de lesão.

Conclusão: Os genes estudados nestes trabalhos apresentam distribuição diferencial, indicando que podem ser elementos de individualização de fenótipos celulares na retina. Em injúrias traumáticas, podem estar envolvidos com eventos de inflamação, des-diferenciação (células gliais e do epitélio pigmentado), degeneração neuronal, migração celular, hipertrofia e proliferação, mecanismos que serão estudados na continuação do trabalho.