Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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DESENVOLVIMENTO DE DISPOSITIVO DE AMOSTRAGEM PASSIVA PARA O MONITORAMENTO DE FORMALDEÍDO EM AMBIENTE INTERNO
Caroline Giglio Furlan, Lucia Coelho

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Introdução

As características atuais das sociedades desenvolvidas faz com que um elevado número de indivíduos passe a maior parte do seu dia em ambientes fechados. Muitos materiais didáticos, comumente utilizados em escolas de educação infantil e ensino fundamental, como colas, tintas e massa de modelar, podem emitir formaldeído ( que em determinadas concentrações pode causar diversos problemas respiratórios [1,2].

Para avaliar a correlação entre a composição dos materiais escolares e o formaldeído presente no ar de um ambiente interno de uma escola, o presente trabalho propôs a medição nas emissões de CH2O por diversos materiais utilizando, para tanto, um sistema emissor/coletor de CH2O, coleta dos vapores emitidos em meio aquoso contendo reagente específico pararosanilina e determinação analítica das concentrações de CH2O por espectrofotometria UV-Vis.

 

Objetivo

Avaliar as emissões de formaldeído por materiais comumente utilizados em escolas (p.ex.: colas, tintas, canetas hidrográficas entre outros) utilizando um sistema emissor/coletor de formaldeído para fixação dos vapores emitidos pelos diversos materiais de interesse seguido da determinação do produto gerado por espectrofotometria.

 

Metodologia

Alguns materiais escolhidos, como colas, tintas e canetas, foram acondicionados em sistema termostatizado para emissão controlada de formaldeído. O gás emitido foi coletado em solução aceptora contendo pararosanilina acidificada. As medições das concentrações de formaldeído coletadas foram efetuadas por espectrofotometria após adição de sulfito de sódio, gerando um produto de coloração roxa intensa que absorve em 577 nm. A partir de padrões de concentração conhecida, foi possível estimar a concentração de formaldeído emitido por unidade de massa desses materiais, identificar as melhores condições para a ocorrência da reação química e avaliar a estabilidade dessas amostras para uma determinação analítica posterior a etapa de coleta.

 

Resultados

Um aspecto importante avaliado foi a ordem de adição dos reagentes, obtendo-se como melhor condição a adição de pararosanilina como o primeiro material, em seguida o formaldeído e por ultimo o sulfito de sódio, principalmente por este ser instável quando exposto ao ar. Adicionalmente, neste trabalho, observou-se também que a reação apresenta cinética rápida.

Com base nessas considerações foi possível obter as figuras de mérito da metodologia (n=3): faixa de trabalho (1 µmol L-1 – 500 µmol L-1), o limite de detecção (1 µmol L-1) e o limite de quantificação (10 µmol L-1).

A metodologia espectrofotométrica de determinação de formaldeído mostrou-se eficiente para a avaliação das emissões de vapores desse composto por materiais escolares. Nessas determinações, observaram-se diferenças significativas para as emissões de formaldeído para os mesmos materiais de marcas diferentes. Os materiais que tiveram maiores valores de massa de formaldeído emitido foram a cola branca e caneta hidrográfica, e os menores valores foram massa de modelar e tinta guache. Pode-se dizer que esta metodologia simples e rápida obteve sucesso na determinação da concentração de formaldeído e pode ser utilizada e aplicações.

 

Referências

[1] STATHOLOUPOU,  O.I., ASSIMAKOPOULOS,  V.D.  FLOCAS,  V.A.  HELMIS,  C.G.  An experimental study of air quality inside large athletic halls. Building and Environment. v. 43, n. 5, p. 793-803, ISSN 0360-1323, 2008.

[2] BAIRD, Colin. Química ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman: 2002.