Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Sofrimento Psíquico de Crianças em Situação de Vulnerabilidade Social: Relações entre Psicodinâmica Familiar e Depressão Infantil
Hilda Rosa Capelão Avoglia, Felipe Marangoni Pontes

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Os estudos sobre a depressão infantil tanto no processo psicodiagnóstico, quanto na intervenção destacam a implicação de aspectos referentes ao psicodinamismo familiar. Em nossa revisão inicial da literatura consideramos a necessidade de apresentarmos tanto a perspectiva psiquiátrica, com as classificações nosológicas, quanto a psicológica, relacionada à angústia e aos sentimentos de luto e melancolia. Além destas, pesquisas destacam fatores como a presença dos pais na vida das crianças, eventos estressores maternos, falta de rotina familiar, conflitos entre pais e irmãos, como sendo fatores que interferem no quadros depressivos infantis. Esta pesquisa teve como objetivo conhecer e analisar a psicodinâmica familiar de crianças com sintomatologia depressiva em situação de vulnerabilidade social. Para tanto, contamos com a participação de uma amostra de 55 crianças, de ambos os gêneros, com idade entre 8 e 12 anos, ou seja, a totalidade de inscritas em um projeto  sócio-educativo do município de São Bernardo do Campo/SP. Tais crianças foram submetidas à aplicação coletiva do Inventário de Depressão Infantil (CDI). Posteriormente, aquelas avaliadas como positivas para a presença de sintomatologia depressiva, realizaram o Desenho da Família com Estórias (DF-E), sendo que, em alguns casos, seus pais participaram de uma entrevista semi-dirigida a fim de se identificar o funcionamento psicológico da família. Diante dos resultados desta investigação procuramos fornecer subsídios científicos sobre essa enfermidade, para fomentar um diagnóstico mais preciso e ações interventivas mais pertinentes, considerando que a família tem papel fundamental nos casos de depressão infantil e situa-se como co-responsável na tarefa de cuidar, prevenir e promover a saúde em crianças, em especial, aquelas advindas de populações vulneráveis, como confirmado na pesquisa em questão, as crianças em situação vulnerável social e afetivamente, sem qualquer figura de apoio, são mais vulneráveis a sintomas depressivos.