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Neste estudo apresentamos um resumo sobre propriedades projetivas dos modelos biológicos de visão. As principais propriedades projetivas identificadas são que uma vez captada a luz há a formação de imagem em um anteparo e também que há a formação de uma, duas ou múltiplas imagens em um mesmo sistema visual. Entre as características identificadas as que são de interesse para aplicação em dispositivos computacionais destacamos a continuidade das imagens obtidas em múltiplos planos de projeção. Experimentalmente, esta propriedade foi estudada em relação a planos de projeção que possuem um certo ângulo entre si mas são perpendiculares a um terceiro plano de referência e em relação a planos de projeção que possuem um certo ângulo entre si mas não são perpendiculares a um terceiro plano de referência. Estes experimentos consistiram em medir os ângulos necessários entre as duas câmeras para que uma determinada cena fosse captada por duas câmeras tipo webcam sem sobreposição de campo visual. Os resultados dos experimentos sugerem que em ambos os casos o ângulo formado entre as câmeras é proporcional à distância do objeto. Quanto maior é o ângulo formado, maior é a distância entre o objeto e o sistema.  Estes experimentos trazem reflexões sobre a existência de um ângulo mínimo entre os órgãos receptores em cada sistema de visão. Como por exemplo nos insetos que possuem olhos compostos por omatídeos. Ao invés de obter apenas duas imagens, eles obtém centenas delas. Para esse caso é possível supor que o sistema de visão do inseto trata cada imagem de maneira independente ou também que estas são unificadas em uma única imagem. Os modelos biológicos de visão mostraram muitas semelhanças entre si bem como com os dispositivos físicos existentes como as câmeras. Esta seqüência de observações e experimentos nos permite concluir que modelos teóricos e experimentais feitos com base em visão biológica são ferramentas úteis para estudos sobre dispositivos artificiais de visão.