Em minha pesquisa realizada em 2010/2011- Estudo comparativo entre os estágios realizados no curso de Pedagogia e a experiência do Programa Bolsa Alfabetização do governo do Estado de São Paulo - investiguei, por meio de um estudo comparativo, os estágios realizados no curso de Pedagogia e os estágios proporcionados aos alunos participantes do programa Bolsa Alfabetização. Como continuidade, procurei conhecer como as professoras regentes, que lecionam nas escolas públicas, acolheram os alunos do curso de Pedagogia, tanto os participantes do programa Bolsa Alfabetização como os alunos que realizaram seus estágios de forma convencional. O trabalho investigativo foi estruturado da seguinte forma: 1ª. Etapa: Leitura e análise dos textos oficiais produzidos pela FDE sobre o Programa Bolsa Alfabetização; 2ª. Etapa: A realização de questionário com vinte questões com as professores regentes que acolheram os alunos participantes do Programa Bolsa Alfabetização da USCS e alunos estagiários. As professoras regentes reconheceram que os alunos do Bolsa Alfabetização ocupam um lugar mais delimitado e suas salas  de aula. Entretanto, eles ainda são vistos, em sua maioria, apenas como auxiliares. Parece-me que elas ainda não perceberam que a real função do aluno pesquisador é a de ser um coparticipante das tarefas escolares. Em contrapartida, o aluno que realiza seus estágios de maneira convencional não foi lembrado como auxiliar e, muito menos, como coparticipante. Os dados parecem mostrar que os participantes do programa Bolsa usufruem de um status em sala de aula que os permitem uma formação mais qualificada. A maioria das regentes afirmou que, apesar do pouco tempo que as estagiárias ficam em sala, elas são bem vindas.  O Programa Bolsa Alfabetização vem mostrando que o aluno, ao ser inserido no contexto escolar por um tempo mais longo, e com o acompanhamento da professora regente, amplia de maneira significativa a formação que ele recebe na universidade. Todavia, os professores regentes, na sua maioria, ainda, não conseguiram estabelecer uma relação de parceria com o aluno pesquisador. Essa parceria, a meu ver, na realidade depende de uma relação mais próxima entre a universidade e a escola pública.