Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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As atitudes em relação à matemática e o desempenho em Cálculo Diferencial e Integral de alunos de Engenharia
Marcos Antonio Santos de Jesus, Juliana Tacacima

Última alteração: 2012-11-14

Resumo


Pesquisas desenvolvidas por Brito (1996), Jesus (2005) ressaltaram a importância de promover uma mudança das atitudes em relação à matemática dos alunos. Também, as citadas pesquisas indicaram que o desempenho do aluno pode ser relacionado à atitude do mesmo em relação à matemática de modo que, ainda que o aluno com atitude positiva não apresente um alto desempenho, este será melhor do que aquele obtido pelo aluno que apresentou atitude negativa, mas quando as atitudes são desfavoráveis, é possível que esses fatores venham a operar na direção oposta.
Esta pesquisa visou analisar as relações entre as Atitudes em relação à matemática e o Desempenho em Cálculo Diferencial e Integral I de alunos que cursam Engenharia. A pesquisa segue um modelo quantitativo explicativo e não experimental, com uma análise quantitativa das variáveis. Foi escolhido como nível de significância α=0,050, para tomada de decisões nas análises estatísticas. Utilizou-se uma amostra com 809 alunos do primeiro ano do curso de Engenharia sendo que, 698 cursavam a disciplina em questão, pela primeira vez (ingressantes), enquanto 111 alunos cursavam-na pela segunda vez (dependentes). Como instrumento de pesquisa foi utilizado uma escala de atitudes em relação à matemática, adaptada e validada por Brito (1998). O desempenho foi a nota final obtida pelo aluno na disciplina.
Como resultados, obteve-se que a média de desempenho dos alunos ingressantes (4,11 com desvio padrão 2,76) quando comparada à média de desempenho dependentes (3,22 com desvio padrão 2,28) foram diferentes significativamente, de acordo com o teste t-Student. Mostrando assim, que alunos dependentes apresentaram desempenho inferior aos ingressantes. A diferença de médias de pontuação na escala de atitudes entre ingressantes e dependentes (62,23 com desvio padrão 8,40 para ingressantes, e 57,56 com desvio padrão 8,77 para dependentes) foi altamente significativa, uma vez que a probabilidade (p=0,000) foi menor que o nível de significância (=0,050), de modo que as atitudes dos dependentes também são inferiores às atitudes dos ingressantes. Portanto, o desempenho inferior dos dependentes quando comparado aos ingressantes, talvez foi influenciado por suas atitudes também inferiores.
Já as correlações de Pearson entre pontuação na escala de atitudes e o desempenho na disciplina foram significativas (p<0,050), sendo que esta correlação foi maior para ingressantes (r=0,410) quando comparada aos dependentes (r=0,340). Estes resultados indicaram uma correlação direta entre as variáveis, de modo que é possível supor que a atitude positiva do aluno possivelmente contribuiu para a obtenção de seu desempenho melhor e vice-versa.