Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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No Tom, Zé! - análise do experimentalismo de Tom Zé nos anos 1970
Herom Vargas, Caio Araujo Silva

Última alteração: 2012-11-23

Resumo


Introdução

O compositor baiano Tom Zé apareceu para o grande público no final dos anos 1960 nos festivais de música da década e participou de um dos principais acontecimentos musicais do período: o tropicalismo, movimento que abriu caminho para os experimentalismos também realizados por alguns compositores na década seguinte, em especial, Tom Zé.

Apesar do seu criativo trabalho, esse compositor se tornou um grande sucesso de público. Portanto, este trabalho procura analisar sua obra realizada na década de 1970, para demonstrar sua importância para a música popular brasileira.

 

Objetivo principal

Investigar as formas do experimentalismo na linguagem das canções (letra, música e performance) dos cinco discos lançados por Tom Zé na década de 1970 e também nas capas desses álbuns (características visuais). O período é marcado pela ditadura militar e censura.

 

Metodologia

- Pesquisa bibliográfica

- Pesquisa em jornais e revistas

- Análise das canções (letra e música) e das capas dos discos

- Corpus da análise: os cinco discos lançados na década de 1970: Tom Zé (RGE – 1970); Se o caso é chorar (Continental – 1972); Todos os olhos (Continental – 1973); Estudando o samba (Continental – 1976); e Correio da Estação do Brás (Continental – 1978).

 

Resultados

- Uso do ostinato como uma das características principais

- Quebra das estruturas básicas da canção (estrofe/refrão/solo).

- A dualidade e a ironia nas canções.

- A contracultura (discurso ambiental e posicionamento político avesso)

- Trabalho gráfico ousado em algumas capas, como na do disco Todos os olhos.

 

Considerações Finais

Na linha entre o sucesso e o fracasso, Tom Zé construiu uma obra artística experimental contundente. Por isso, tornou-se uma figura contemporânea por arriscar enxergar pela música a escuridão em meio às luzes de seu tempo que, muitas vezes, por conta da ditadura militar, não permitiu que outros artistas a enxergassem. Talvez, aquele que a notou permaneceu longe dos holofotes, como aconteceu em seu caso.