Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Burocracia de médio escalão na gestão dos hospitais públicos da região metropolitana de São Paulo (RMSP)
Vanessa Elias de Oliveira, Leonardo Galardinovic

Última alteração: 2012-11-23

Resumo


  1. 01.   Introdução

Desde a percepção da demanda da sociedade por um determinado serviço até a avaliação da política, o papel dos burocratas é indissociável das políticas públicas, e o sucesso ou fracasso destas depende fortemente da atuação da burocracia.

Nas políticas públicas de saúde, portanto, o papel burocrático é igualmente representativo, o que se pode verificar empiricamente na observação de diferentes unidades de atendimento, que, apesar do investimento e tipo de organização similares e do fato de serem localizadas em regiões próximas e de perfil socioeconômico semelhante, por vezes alcançam resultados bem distantes em termos de qualidade.

Pode-se dividir a burocracia pública em três níveis: alta burocracia, ou burocracia de alto escalão (secretários, coordenadores, assessoria), burocracia do nível da rua (policiais, professores, enfermeiros) e, entre ambos, os burocratas médios, sobre os quais incide nosso trabalho. Neste caso, especificamente, sobre o diretor geral dos hospitais estaduais de São Paulo localizados na RMSP.

  1. 02.   Metodologia

Pesquisa bibliográfica, visita aos hospitais, entrevistas.

  1. 03.   Objetivos

Buscar compreender o papel do burocrata de médio escalão (tendo como objeto de estudo o diretor geral dos hospitais estaduais da administração direta da Região Metropolitana de São Paulo), tanto em sua implicação para a política de saúde, ou seja, para a qualidade do serviço experimentado pelos usuários dos hospitais, como em seu lugar no organograma e na estrutura da burocracia: sua relação com o alto escalão e com os burocratas do nível da rua.

  1. 04.   Conclusões
A pesquisa bibliográfica levou-nos a uma compreensão de que o comportamento “burocratizante”, muito ligado a procedimentos e com baixo foco no resultado, é um dos grandes problemas da burocracia brasileira. Encontramos este problema na prática nos hospitais – na realidade, verificou-se que boas práticas de administração hospitalar passam por driblar determinadas limitações impostas pelo excesso de regras e procedimentos formais. A ligação política mostrou-se um trunfo para um dos diretores – ligado ao alto escalão político estadual, obteve benefícios para o hospital por ele gerido. A ligação com outros burocratas, expressa na proximidade com médicos, coordenadores e funcionários, também mostrou-se produtiva, seja