Conforme a tecnologia torna-se mais madura, novas aplicações avançadas surgem e as redes sociais devem desempenhar um papel cada vez maior nas futuras interações pessoais e comerciais online. Com isso, ocorre o surgimento de redes sociais cada vez mais inovadoras, que podem, por conseguinte ocupar o espaço antes ocupado por redes sociais já existentes. Sendo que, os usuários tendem a utilizar a rede social onde as funcionalidades apresentam um maior desempenho, agrado e interesse. Supõe-se que tal evento venha ocorrendo com a rede social Orkut no Brasil, principalmente após a popularização do Facebook.

O objetivo geral deste projeto é realizar a coleta e análise da estrutura do Orkut para identificar quais são as possíveis alterações na rede. Identificar se a rede está estagnada, em crescimento ou diminuindo em tamanho, tanto em termos do número de conexões de amizade entre os perfis quanto em tempo de inatividade na rede.

Para a realização do projeto foram selecionados 109.425 perfis aleatoriamente e um crawler foi desenvolvido com o intuito de coletar informações destes perfis: id, quantidades de amigos, scraps, videos, fotos, fotos marcadas e comunidades.  A coleta foi reptida cinco vezes com intervalos semanais entre cada uma.

Após finalizada a coleta e realizada a análise dos dados, mais da metade dos perfis coletados exibiram algum tipo de atividade. O grau médio de rede sofreu uma alteração muito pequena, quando comparado com o número de usuários que estão exercendo atividades na rede. No entanto mais de  50% dos perfis diminuiram suas quantidades de amigos. Isso mostra que muitos usuários estão excluindo suas contas no Orkut, mas a maioria que ainda possui uma conta realiza atividades na rede.

Com os dados analisados até o momento, nota-se uma pequena retração na rede do Orkut mas nada comparado ao que realmente era esperado, pois existe uma tendência de que os usuários estejam cada vez mais inativos e a quantidade de usuários na rede seja cada vez menor. No entanto, foi verificado que tal retração possivelmente não esteja ocorrendo. Logo torna-se viável supor e aprofundar em estudos posteriores, que não está ocorrendo uma migração, mas sim uma provável segregação desses usuários. Que só poderá ser estimada mais precisamente com a continuação das coletas por um período maior de tempo