Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Eletrofiação de biopolímeros para aplicações médicas
Ligia MM Costa, Mariselma Ferreira, Fabio Gaino Curcio

Última alteração: 2012-11-12

Resumo


A eletrofiação consiste em um método eficaz na fabricação de mantas poliméricas através da fabricação de fibras com diâmetros em dimensões nanométricas. Nesta técnica, uma fonte de alta tensão é conectada na ponta da agulha de uma seringa de vidro contendo a solução polimérica. O acúmulo de cargas na gota induz o surgimento de forças eletrostáticas de repulsão que acabam por vencer a tensão superficial do líquido e o polímero é estirado pela ação do campo elétrico formado. Este efeito gera a formação de um jato que é acelerado, pela ação do campo elétrico, em direção a um anteparo previamente aterrado permitindo o depósito do filme. Neste trabalho, foram utilizados dois tipos de polímeros biodegradáveis, o PCL (poli ε-caprolactona) e o PVOH (poli vinil álcool) para o estudo da técnica de obtenção de fibras nanoestruturadas. Para isso, foram eletrofiadas amostras com 1,8 g de PVA – poli(vinil álcool) solubilizadas em água e etanol em diferentes proporções e 0,63 g de PCL – poli ε-caprolactona solubilizadas em clorofórmio puro (100%) e misturas de clorofórmio/metanol e clorofórmio/acetona, nas proporções de 3:1 e 4:1; sendo 7 ml o volume total da solução. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de microscopia eletrônica de varredura e micrografia com auxílio do software ImageJ®. Para os dois materiais as mantas foram fabricadas com sucesso. No entanto, algumas particularidades devem ser destacadas; no caso do PVA, em todas elas observou-se a formação de defeitos de gota. As mantas obtidas pela solução de proporção 1:1 não apresentou bons resultados devido ao alto índice de defeitos e pequeno diâmetro das fibras, enquanto que as mantas obtidas pelas soluções de 1:2 e 1:3 apresentaram boa morfologia, disposição das fibras e homogeneidade em seus diâmetros, quando submetidas a uma tensão de 15 kV. Já no caso das fibras obtidas com PCL, observou-se que em algumas delas houve formação de defeitos de gota e as mantas obtidas usando clorofórmio puro não apresentaram formação de fibras. Enquanto isso, as amostras contendo acetona produziram fibras muito defeituosas e somente as amostras solubilizadas em metanol e clorofórmio na proporção de 1:4 apresentaram boa morfologia, ausência de defeitos, disposição das fibras e homogeneidade em seus diâmetros, quando submetidas a uma tensão de 12 kV.