O desenvolvimento de novas técnicas para a remoção de corantes de água residuária tem sido amplamente pesquisado, pois grande parte dos corantes causam danos, muitas vezes permanentes, tanto para o ambiente aquático, como para o homem. O violeta de cristal é um corante muito usado em processos industriais, e se encaixa na definição de corante tóxico. O sabugo de milho é um agroresíduo com alto poder adsorvente e de baixo custo, pois o Brasil é um grande produtor de milho. A adsorção do violeta de cristal em sabugo de milho foi avaliada, variando granulometria do agroresíduo (<500, 250-500 e <250 µm), valor de pH da solução do violeta de cristal (2,5, 6,0 e 8,5), temperatura (19, 25, 40 e 60^oC), concentração inicial de corante (24,5, 40,8 e               408 mg L^-1) e massa de sabugo de milho (10, 100 e 500 mg). Os dados experimentais de adsorção em função do tempo de contato mostraram que a máxima adsorção ocorreu entre 25 e 50 minutos de acordo com a granulometria e temperatura. Com relação ao valor de pH observou-se que em valor igual a 6,0 e 8,5 não ocorreu variação de massa adsorvida. Porém, em valor de pH 2,5 observou-se uma menor quantidade de corante adsorvida devido a competição entre os íons H⁺ e as moléculas do corante pelos sítios ativos presentes no agroresíduo ou a protonação dos mesmos. A massa de agroresíduo igual a 10mg mostrou uma adsorção limitada para concentração de corante igual a            408 mg L^-1 mas ao fixar a massa em 100mg e a maior concentração de corante observou-se uma adsorção de 99% do corante, o que indica a alta afinidade do agroresíduo ao violeta cristal. Os dados experimentais da adsorção em função do tempo foram ajustados nos modelos cinéticos de pseudo primeira-ordem, pseudo segunda-ordem e difusão intrapartícula. Um ótimo ajuste foi obtido ao modelo de pseudo-segunda ordem, ou seja, o corante interage com dois sítios ativos de adsorção do sabugo de milho. O modelo de difusão intra-partícula se ajustou aos dados experimentais obtidos nos tempos inicias de adsorção.