Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Estudo do processo de fotopolimerização de resinas odontológicas através da técnica de Ressonância Paramagnética de Elétrons (EPR)
Patricia da Ana, Nasser Daghastanli, Paula Pereira Janusonis

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Com o advento da odontologia moderna, tornou-se cada vez mais crescente a utilização de resinas compostas fotopolimerizáveis no uso clínico, proporcionando diversas vantagens, como a preservação da estrutura dental, reforço do remanescente dentário e a manutenção da estética dental. A fotopolimerização por luz UV-VIS se dá em virtude da formação da rede de polímeros, através da reação de radicais livres. Apesar da grande velocidade da reação de polimerização, muitos radicais permanecem sem reagir e são aprisionados na matriz de polímeros. Estes radicais livres podem ser identificados e estudados através da Ressonância Paramagnética de Elétrons (EPR).

Este trabalho teve como objetivo o estudo do processo de fotopolimerização de resinas odontológicas através de medidas da microdureza e de ressonância paramagnética eletrônica, para avaliar a eficiência da fotopolimerização das resinas com luz visível.

Utilizou-se a resina comercial Z100 (3M®), cor A2. A polimerização foi realizada através do fotopolimerizador D700 (450–480 nm). Nas medidas de EPR utilizou-se o espectrômetro EMX Plus Electron-Spin Resonance Spectrometer System (Bruker). Para as medidas de dureza Vickers utilizou-se o microdurômetro Microhardness tester HV-1000. As amostras foram acondicionadas em suportes adequados e polimerizadas em intervalos regulares de tempo e realizadas medidas de dureza e de EPR.

Os resultados indicaram que a dureza possui uma dependência monoexponencial em função do tempo de fotopolimerização, com constante de polimerização k= 30,30 s. Já os resultados dos testes de EPR (quantidade de radicais) indicaram uma dependência também monoexponencial entre a intensidade do sinal e o tempo de fotopolimerização, com k= 242 s. Ambos os dados foram avaliados através de ajustes monoexponenciais do tipo I=I0exp(t/k). .

Os dados indicaram que a grandeza macroscópica “dureza” não possui a mesma dependência que a grandeza microscópica “quantidade de radicais”, indicando que a geração de novos radicais não influenciou nas propriedades macroscópicas da resina estudada. Estes estudos podem vir a contribuir na compreensão destes materiais evitando falhas na sua utilização, como a contração e estresse de polimerização, conversão incompleta dos monômeros, e outras.

1 PERUZZO V. et al. RGO, 51(2): 112-116, 2003.

2 OTTAVIANI, M.F. et al. Dent Mater 8:118-124, 1992.

3 TEDESCO, A. D. Avaliação do grau de conversão monomérica de compósitos de alta densidade em diferentes profundidades por espectroscopia no infravermelho. UERJ, 2002. Dissertação.