Sistema de Submissão de Resumos, II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2012 (ENCERRADO)

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Interface Cérebro Computador
Ricardo Suyama, Bruna Ferreira Ribeiro

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Interfaces cérebro-computador (BCI – Brain Computer Interfaces) têm despertado o interesse crescente de pesquisadores devido à possibilidade de promover a melhoria de vida de diversos portadores de deficiência motora.

Neste projeto, foram investigadas propostas simples para a implementação de um sistema BCI. A interface de controle foi implementada com o auxílio do LabView, abrindo perspectiva para o desenvolvimento de diferentes aplicações. No momento, foram testadas duas abordagens: a primeira delas relacionada com a detecção de ritmos alfa, e a segunda baseada em potenciais evocados visuais de estado estacionário, ou SSVEP (Steady-State Visual Evoked Potential).

Para a interface baseada no ritmo alfa, os primeiros testes consistiram em o voluntário, sentado à frente do computador, tentar relaxar ao máximo com os olhos fechados. Nessa condição, obteve-se um aumento no nível das ondas alfa perceptível no espectro em uma frequência entre 8 e 12 Hz. A detecção dos ritmos alfa permite implementar um sistema de BCI bastante simples, utilizado para controlar uma chave (on-off). O mesmo sistema pôde ser utilizado para um teste de neurofeedback, onde o nível das ondas alfa controlava a frequência de um sinal audível: nos períodos em que o voluntário permanecia de olhos fechados, o sinal sonoro tornou-se agudo, enquanto em estado de alerta o sinal sonoro tornou-se grave.

Para a interface baseada no SSVEP, foi necessário construir um pequeno dispositivo para controlar a frequência dos estímulos visuais – no caso, dois LEDS piscando com frequências distintas. Dessa forma, caso o usuário focasse sua atenção em um LED em particular, surgiria no EEG uma componente com amplitude pronunciada na frequência do estímulo. Foram realizados testes para verificar se o equipamento de EEG era capaz de detectar os diferentes sinais conforme o usuário olhasse para um dos LED’s.

Tanto o teste de ondas alfa quanto os testes de SSVEP foram bem sucedidos. No caso do SSVEP, ainda é possível aumentar o número de comandos da interface aumentando o número de estímulos visuais. Um trabalho futuro será associar certos intervalos dessas frequências obtidas no SSVEP em possíveis comandos de um robô.