Introdução

O desenvolvimento de tecnologias em fibras ópticas vem proporcionando grande avanço científico e tecnológico nas áreas da saúde, especialmente em sistema microscópicos onde as dimensões da fibra óptica permitem acesso minimamente invasivo aos tecidos internos do corpo humano. Nesse aspecto, os cabos de fibras coerentes são atrativos ao diagnóstico médico devido às suas dimensões (10.000 fibras em um diâmetro de 1,5mm) e possibilidade de compor imagens dos tecidos na ordem de grandeza de um conjunto de células. Novas tecnologias no desenvolvimento de cabos de fibras coerentes aliadas à métodos de modificação geométricas da saída de luz podem ser uma alternativa para a criação de novos instrumentos capazes de fornecer dados inicialmente celulares, porém extrapolados aos tecidos, o que propicia o diagnóstico médicos com maior qualidade em procedimentos cada vez menos invasivos.

Objetivos

Estudar qualitativamente e quantitativamente a dispersão de luz obtida na saída de um bundle de fibras ópticas coerentes de acordo com as modificações geométricas feitas tanto na entrada como na saída do cabo e na característica da fonte. Esperamos verificar as condições mais adequadas de geometria do bundle para modular a iluminação da fibra em puntiforme ou dispersa.

Metodologia

Na primeira parte da pesquisa estamos utilizando ferramentas computacionais de para simular a dispersão da luz na saída do bundle de fibras; a principal ferramenta utilizada até então foi o software TracePRO¹ (Lambda Research Corp., EUA), através do qual foram propostos modelos os quais foram simulados com fontes diversas de luz. Em seguida os resultados foram analisados utilizando-se ferramentas do próprio CAD.

Após a obtenção de resultados suficientes planeja-se construir um protótipo em escala real da fibra e analisar seu desempenho em um experimento de irradiação de cultura celular in-vitro. 

Resultados

A pesquisa se encontra em desenvolvimento, porém já obtemos os primeiros resultados de simulação através do CAD. Pudemos verificar que o ângulo de saída de luz do bundle é diretamente proporcional ao ângulo de entrada de luz e ao corte oblíquo à propagação da fibra; também verificamos que a distribuição espacial da luz na saída do bundle depende tanto do perfil de propagação do pulso ótico, quanto da coerência espacial da fonte. Apesar de se tratarem de análises preliminares estamos confirmando que a luz emitida pela fibra se comporta de forma semelhante à prevista no artigo de Utzinger e colaboradores (JBO, 2003), porém é possível modular a saída de luz da fibra.