Introdução - As informações disponíveis na Internet tem ajudado pacientes na busca de novidades na área da saúde e os capacitando no relacionamento com profissionais e cuidadores. Objetivo - A pesquisa buscou identificar como os alunos da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) fazem uso da Internet para assuntos ligados à saúde, suas características e os efeitos que reportam da sua utilização, bem como no relacionamento com os profissionais de saúde. Metodologia - Trata-se de pesquisa exploratória, com aplicação de questionário eletrônico construído na plataforma Google Docs e direcionado aos alunos dos cursos de Comunicação e Saúde. Resultados - Realizado em abril de 2012, o questionário online obteve 217 respostas, sendo 76% correspondentes ao público feminino e com faixa etária média entre 17 e 25 anos. Sobre as informações obtidas na Internet, 78% dos entrevistados afirmaram retransmiti-las a outras pessoas, porém verificando anteriormente sua veracidade. Relacionando à utilização da Internet em prol da saúde, 43% dos entrevistados afirmaram utilizar a rede como busca de informações após identificarem sintomas de possíveis doenças. Em contrapartida, 33% alegaram não utilizar a Internet, preferindo recorrer diretamente ao médico em casos de doença. Os resultados apresentados mostraram confiança dos usuários perante as informações recebidas pela Internet. 89% dos respondentes relataram confiar nas informações vindas da Internet, desde que fossem averiguadas antes e 33% alegaram que, após confirmarem a veracidade de tais informações, participavam de ações virtuais como fóruns de saúde ou divulgações nas redes sociais. Em relação à interação médico-paciente, apesar de 59% dos entrevistados alegarem consultar a Internet antes das consultas médicas, 63% informaram que seus médicos são indiferentes quanto à utilização da Internet como ferramenta de informação na área da saúde. Além disso, 91% dos entrevistados relataram não trocar informações online sobre saúde com seus médicos. Entretanto, 84% dos estudantes sugeriram confiar em seus médicos, não comprando medicamentos sem as orientações médicas. Conclusão - Conclui-se que os estudantes universitários entendem a importância da internet como fonte de informações e têm o costume de averiguar as informações que encontram na rede. Em relação à área da saúde, a Internet se mostrou como não utilizada pelos entrevistados e o pouco incentivo e baixa utilização por parte dos profissionais da área da saúde faz com que tal ferramenta online não contribua em grande escala para a propagação de conhecimentos médicos e, consequentemente, afetando a relação médico-paciente que fica restrita às consultas médicas presenciais.