Última alteração: 2013-11-18
Resumo
Introdução: É da crendice popular que uma mãe submete-se a qualquer sacrifício para garantir a sobrevivência de seu filho, independentemente de ser da espécie humana ou animal. Também se sabe que a maternidade faz com que o limiar de dor fique muito altos, já que a mãe pode se submeter a frio, calor e fome intensos para proteger seu filho. O surgimento e a manutenção do comportamento maternal (CM) são controlados pela interação de fatores ambientais, bioquímicos, hormonais e neurais e podem ser modulados pela administração de substâncias químicas ou por ativação de mediadores endógenos.
Objetivos: avaliar se ratas nulíparas, quando comparadas com primíparas, teriam alterações na sensibilidade à dor, bem como avaliar o CM.
Metodologia: Foram utilizadas ratas, Rattus norvegicus, Wistar, com 90 dias de idade e peso corporal de 180. No grupo primíparas realizou-se o acasalamento com 2 ratas para cada 1 rato sexualmente experiente. Na manhã foi feito o lavado vaginal e se constatada a presença de espermatozoides considerou-se indicativo de prenhez. Os animais foram mantidos em condições ideais de biotério. A análise do efeito comportamental nociceptivo foi realizada utilizando-se o modelo de Von Frey ao 2º dia de lactação após injeção intraplantar de salina ou carragenina, e para tanto uma medida de pressão foi mensurada através de um transdutor de pressão adaptado por um cabo a um contador digital de força (g). A avaliação do CM foi realizado ao dia 5 de lactação, sendo anotada a posição dos filhotes e da mãe na gaiola moradia e atribuiu-se escores ao ninho para classificá-lo como fraco, razoável, bom e ótimo. Logo após, a ninhada foi retirada da gaiola por 1 hora. Transcorrido esse período os filhotes foram reintroduzidos na gaiola e a observação do CM foi realizada medindo-se as latências (s) para recuperação de todos os filhotes, agrupamento, posição de amamentação e comportamento materno total (3 minutos sobre os filhotes em posição de amamentação). O CMT foi observado por 30’ e depois checado aos 45’ e 60’.
Resultados: observou-se aumento no limiar de resposta de retirada da pata ipsilateral em ratas primíparas. Os resultados mostram que não houve alterações significantes em relação aos parâmetros no CM.
Conclusão: o limiar de dor em ratas com experiência reprodutiva aumentou e não houve prejuízos no CM de ratas primíparas.