Sistema de Submissão de Resumos, III ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2013 (ENCERRADO)

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ESTUDO DE COMPÓSITOS DE POLIETILENO COM FIBRAS DE BAMBU
Victor Falcão Artacho, Marcia Aparecida da Silva Spinacé

Última alteração: 2013-11-19

Resumo


O uso de fibras lignocelulósicas como fase dispersa em compósitos poliméricos é uma alternativa para materiais na área de embalagens. O objetivo do trabalho foi estudar as propriedades das fibras de bambu das espécies Bambusa vulgaris (BVUL) e Dendrocalamus giganteus (DGIG)  visando aplicação em compósitos poliméricos e a preparação de compósitos com polietileno de baixa densidade (PEBD) visando aplicação na área de embalagens. Foram avaliadas a densidade, o teor de umidade, estabilidade térmica (TGA), DRX e a ação bactericida das fibras de bambu nos compósitos. A fibra de bambu da espécie BVUL apresentou densidade de 998,5 Kg/m³ e a fibra da espécie DGIG 997,7 Kg/m³. O teor de umidade para a fibra BVUL foi de 0,03 % e para a fibra BGIG foi de 0,04 %. A absorção de umidade da fibra BVUL foi de 0,01% e da fibra DGIG foi de 0,02%. A fibra DGIG e BVUL apresentaram picos muito próximos a picos 2θ = 16°; 22,6° e 34,7° que são característicos da forma cristalina da celulose I. O grau de cristalinidade obtido para as fibras foram: 73,86 e 70,58 % para as fibras BGUG e BVUL, respectivamente. Nas curvas de TGA da fibra BVUL além da perda de umidade em torno de 100 oC, dois processos principais de perda de massa. O primeiro, com início em 220ºC que está relacionado à degradação da lignina e da hemicelulose e o segundo, com temperatura onde a perda de massa máxima em 366ºC que está relacionado à degradação da celulose. Nos ensaios para verificar a ação bactericida das fibras, após 72 h verificou-se que as amostras sem AA não apresentaram bactérias comparadas às amostras com AA. No entanto, nas regiões sem compósito também não houve crescimento considerável de bactérias e nas placas sem E.Coli apareceram uns pontos de bactérias. Em todas as placas ocorreu o maior número de bactérias na região com compósito com AA. O estudo das duas variedades de fibras de bambu, mostrou que elas possuem baixa densidade, baixo teor de umidade e grau de cristalinidade comparável a outras fibras lignocelulósicas. Os resultados de DRX mostraram que as duas espécies de bambu apresentam estrutura cristalina da celulose I. A propriedade bactericida foi parcialmente confirmada (sem  AA). Os compóstos preparados por moldagem por compressão apresentaram-se pouco dispersos indicando que o proceso de extrusão pode melhorar a dispersão e adesão da fibra com o polímero.