Sistema de Submissão de Resumos, III ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2013 (ENCERRADO)

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Cultura de células em hidrogel polimérico reabsorvível para regeneração tecidual
Felipe Augusto Carneiro Gomes, Christiane Bertachini Lombello, Felipe Augusto Carneiro Gomes

Última alteração: 2013-11-19

Resumo


As pesquisas na Engenharia de Tecidos estão nos levando aodesenvolvimento de biomateriais capazes de simular condições fisiológicas dostecidos, propiciando um ambiente favorável para as células se aderirem,proliferarem e diferenciarem. O presente estudou caracterizou amostras debiomateriais poliméricos feitos a partir de uma blenda de hidrogéis de ácidohialurônico (AH) e quitosana. O AH por sua alta taxa de intumescência além deinfluenciar em eventos celulares (adesão, migração e proliferação) quandoassociado com a quitosana, que é capaz de acelerar a hemóstase de lesões, formauma blenda homogênea com propriedades químicas adequadas e biocompatibilidadepermitindo o seu uso em Engenharia de Tecidos. Uma das vantagens do uso clínicodessa blenda é a possibilidade de utilização na forma injetável, para cirurgiasminimamente invasivas. O hidrogel foi reticulado quimicamente utilizando agentereticulador dihidrazida adípica (ADH) e o catalisador1-etil-3-(-3-dimetilaminopropil) carbodiimida (EDCI) e a diminuição do pHutilizando ácido clorídrico (HCl 0,5M) para aproximadamente 4. O materialsintetizado passou por um rigoroso processo de lavagem para eliminação deresíduos químicos que possam ter interações não desejáveis com as células aserem testadas, a lavagem durou 1 mês e consistiu no material imersos em águadestilada com esta sendo trocada 2 vezes por semana totalizando 8 trocas. Aquitosana foi sintetizada utilizando amostra de quitosana 2,5% em solução deácido acético 3%. A blenda sintetizada utilizando um protocolo que consiste emintumescer o filme de quitosana em uma solução de ácido hialurônico. A blendaresultou em um material com alto grau de intumescimento capaz de permitir aabsorção de nutrientes favorecendo a utilização em terapias celulares. O ensaiode intumescimento mostrou um aumento de 1.633% na massa da blenda, corroborandosua excelente capacidade de absorção de fluidos. O teste de citotoxicidadeindireta mostrou que as três amostras trabalhadas estão livres de agentes tóxicos,permitindo o crescimento celular em meio de eluição. Um estudo prévioutilizando apenas ácido hialurônico apresentou citotoxicidade mostrando aimportância de um protocolo de lavagem adequado do material para que asimpurezas remanescentes da síntese sejam eliminadas e não possam prejudicar ainteração celular. As células foram inoculadas sobre o material e mostraram ummenor nível de espalhamento celular devido à interação com a blenda. Outros estudosestão sendo realizados para avaliar com mais precisão a interação celular comas blendas de ácido hialurônico e quitosana.