Sistema de Submissão de Resumos, III ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2013 (ENCERRADO)

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Funcionalistas e frankfurtianos: uma análise comparativa dos conceitos de Inovação
Regina Rossetti, Gustavo Batistão

Última alteração: 2013-11-21

Resumo


O conceito de inovação não porta um único significado, mas pode ser pensado em várias acepções: criação, descoberta, transformação, mudança, evolução e outras. Essas noções correlatas de inovação aparecem, pontualmente, nas várias teorias de comunicação: a funcionalista, a frankfurtiana, os estudos culturais, a semiótica, a culturológica e outras.  O objetivo desta pesquisa é comparar conceitos de inovação nas teorias da comunicação dos funcionalistas e dos frankfurtianos. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, em nível exploratório e delineamento bibliográfico. A primeira fase da pesquisa resultou em uma tabela contendo trechos das obras referenciais de Teorias da Comunicação dos autores Wolf, Miège, Mattelart e Santaella, que contivesse implícita ou explicitamente o conceito de inovação. Por meio de uma análise crítica é realizado um panorama identificando em que áreas Frankfurt e o Funcionalismo, na sua individualidade, foram mais inovadores ao longo da história do pensamento comunicacional. Como resultado, pode-se observar que o Funcionalismo e suas variadas vertentes tem por objetivo analisar não somente os efeitos, mas as funções da mídia, a maioria de suas inovações ocorrem diretamente do meio social e dos indivíduos, assim como ocorre quando a Mass Comunication Research desloca a análise funcional para medidas quantitativas, por exigência das mídias atuantes na sociedade. Logo, de um simples estudo sobre receptores, o funcionalismo passa a analisar temas políticos, comunicações públicas, análise quantitativa e de conteúdo das mensagens e demais funções da comunicação social. A escola de Frankfurt surgiu em uma época que era necessário analisar como as pessoas estavam se relacionando com a mídia. O conceito de indústria cultural, criado por Adorno e Horkheimer, consistia em estudar como a mídia estava tratando a arte que oferecia aos seus espectadores, de onde foi comprovado que a mídia fazia da arte um objeto quase obrigatório e não interativo. Dessa forma, analisava os efeitos e desmitifica-se o Funcionalismo. Pode-se notar que durante o histórico da Escola de Frankfurt, as maiores inovações dentro da teoria vêm das inovações políticas e inovações tecnológicas, que são seus principais campos de estudo. O objetivo passa a ser não estudar mais o indivíduo e seus avanços particularmente e sim os efeitos dos avanços tecnológicos e políticos na sociedade sobre o espectador. Embora o conceito de inovação possa ser melhor definido na área já citada de cada teoria, não podemos negar que todas elas influenciaram e foram influenciadas em todos os campos: tecnológicos, psicológicos, políticos, sociais.