Última alteração: 2014-10-02
Resumo
Curso: Fisioterapia
Introdução
A Vertical Visual Subjetiva (VVS) examina a capacidade de julgar se objetos estão na posição vertical, ou seja, avalia-se a percepção de verticalidade sem nenhuma referência visual da vertical verdadeira. Muitas técnicas são descritas para avaliação, como o método do bastão luminoso (KANASHIRO et. al, 2007) e o método do balde (ZWERGAL et al, 2009), mas que possuem pouca precisão e podem ser induzidos pela aceleração manual imposta pelo examinador. Métodos computadorizados mostram importante precisão na mensuração, porém alguns exigem aparato instrumental de difícil aplicação na prática clínica (FRISÉN, 2010) ou dependem de manipulação da imagem pelo indivíduo que está sendo avaliado (PAVAN et al, 2012), o que pode impossibilitar a avaliação de pessoas com déficits motores importantes.
Metodologia
Para avaliação foi adotado o protocolo descrito por Kanashiro et. al. em 2007, em que a medida da VVS é realizada com o indivíduo sentado a 1,5 m do examinador. Usando-se um bastão portátil, longo e luminoso colocado na altura dos olhos do indivíduo e um óculos de lentes com filtro de luz que o impossibilita qualquer aferência visual, exceto a luz fluorescente. Para avaliação utilizando o software controlado por comando de voz, foi utilizado um microfone para interface com o software, no qual, apresenta uma imagem em forma de bastão no monitor que irá girar até que ocorra um comando de voz pelo indivíduo avaliado. Foram realizados dez ajustes da VVS para cada método, solicitando a posicionar o bastão até a posição que lhe pareça vertical.
Resultados
Foram avaliados 50 indivíduos, sendo 12 homens (24%, -0,42±0,83 anos) e 38 mulheres (76%, -039±0,88 anos) entre as idades de 20 e 59 anos. A média da VVS mensurada com a técnica do bastão luminoso foi de 0,4±0,86 graus. A média para a técnica do software foi 0,0006±0,94 graus. Comparando os resultados obtidos pelos métodos, foi observado que os dados foram estaticamente diferentes (teste – t pareado, p=0,02).
Conclusão
O software para avaliação da VVS controlado por comando de voz comparado ao método do bastão luminoso é mais preciso e sensível, possuindo portabilidade em sistemas operacionais diferentes e apresentando ser uma ferramenta eficaz para uso clínico e cientifico.