Sistema de Submissão de Resumos, VII ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2017 (ENCERRADO)

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Avaliação das Causas de Prematuridade e seus Resultados Perinatais no Município de São Caetano do Sul nos últimos dois anos
Amarilys Luiza Druziani, Eder Viana de Souza

Última alteração: 2017-10-21

Resumo


Introdução: O nascimento pré-termo (PT) é definido pela OMS como qualquer nascimento que ocorra antes da 37ª semana de gestação. Aproximadamente 75 a 85% das mortes neonatais, excetuando as malformações congênitas letais, estão relacionadas ao parto prematuro, sendo um problema de saúde pública. As taxas de prematuridade e de mortalidade infantil dos prematuros em São Caetano do Sul (SCS) no período de 2010 a 2013 se demonstraram maiores do que a média brasileira, do estado de São Paulo e da cidade de São Paulo. A prematuridade também está relacionada a maior tempo de internação e número de afecções ao neonato. Objetivo: Identificar causas de prematuridade em SCS e complicações perinatais. Métodos: Estudo retrospectivo onde foram analisados prontuários de 1704 partos no Hospital Maternidade Márcia Braido no período de 1/10/2014 a 30/9/2016. Destes partos, 205 PT foram encontrados e seus dados obtidos pelos prontuários da mãe e do RN. Resultados: Foram encontradas 189 gestantes que tiveram partos prematuros, obtendo uma idade média de 25,44 anos, sendo 10,58% ≤ 19 anos, e 14,81% ≥ 35 anos. 186 gestantes realizaram pré-natal e 20,63% abusaram de drogas na gestação. Em 53,52% dos partos foram cesarianas. 171 nasceram com Idade Gestacional (IG) entre 32 e 37 semanas e 34 com menos de 32 semanas de gestação. As causas de prematuridade encontradas foram em ordem decrescente: Idiopáticas (20,1%), Síndromes Hipertensivas (18,5%), Amniorrexe Prematura (17,9%), Sofrimento Fetal (9,5%) e Outras (30,6%). Apenas 25% dos PT não apresentaram consequências, sendo as mais comuns: Icterícia (50%), Síndrome do Desconforto Respiratório (36,5%) e Comorbidades cardíacas, sanguíneas e hemorrágicas (22%). Mais da metade (57%) dos RNPT nasceram com peso menor que 2500g. Conclusão: Dos 1704 partos analisados foram encontrados 205 RN prematuros, o que significa 12.03% de PT no município no período avaliado, resultado acima do encontrado nos anos de 2010 a 2013, que tiveram porcentagem de 10,52% de PT. Além disso, a taxa de mortalidade neonatal precoce no mesmo período foi de 3,58%, enquanto que no estudo foi de 5,85%, mostrando um aumento, também, neste valor. Aproximadamente 75% dos prematuros tiveram pelo menos uma comorbidade, sendo que 60% dos RNPT precisaram ficar internados na UTI neonatal.