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Desenvolvimento de células orgânicas fotovoltáicas
Última alteração: 2018-10-31
Resumo
Com a crescente demanda por fontes alternativas de geração de energia, células solares ganham cada vez mais destaque. Dentre essas alternativas, as células solares com materiais orgânicos possuem custos relativamente baixos de produção se comparadas com as células feitas com materiais inorgânicos, além de outras vantagens, tais como maior facilidade de processamento e produção, maior flexibilidade mecânica e maior eficiência em ambientes de baixa luminosidade. Essencialmente, a arquitetura destas células é formada por dois eletrodos (um ânodo e um cátodo) e uma camada ativa, onde se encontram os polímeros orgânicos responsáveis pela absorção da luz e separação das cargas em elétrons e buracos. Esta camada ativa é, no geral, formada por uma heterojunção de dois materiais, sendo um o doador e outro o aceitador de elétrons. Para esta heterojunção, o mais comum é que se misture um fulereno com algum polímero de baixo gap óptico. Apesar de suas vantagens em relação às células solares tradicionais, seu uso ainda é muito limitado devido às baixas eficiências de conversão obtidas em relação às células inorgânicas. Para aumentar a eficiência desses materiais, tenta-se, por exemplo, melhorar a combinação de níveis de energia entre as camadas aceitadora e doadora. Neste trabalho foram preparadas dispositivos com blendas de PCBM:P3HT montadas em eletrodos ITO e Alumínio. A caracterização da eficiência foi feita por um simulador solar acoplado a um medidor de corrente vs voltagem. O estudo foi feito em função da configuração geométrica do dispositivo e do tratamento térmico feito sobre a blenda.