Sistema de Submissão de Resumos, VIII ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2018 (ENCERRADO)

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Efeito da temperatura ambiente sobre parâmetros comportamentais em modelo animal para a Doença de Alzheimer
Talita Maria Senra Martins, Maria Camila Almeida, Maryana Caetano da Silva de Oliveira, Maryana Caetano da Silva de Oliveira, Maryana Caetano da Silva de Oliveira, Maryana Caetano da Silva de Oliveira

Última alteração: 2018-10-30

Resumo


A Doença de Alzheimer (DA), a mais comum dentre as demências neurodegenerativas, é caracterizada por perda de memória recente, dificuldades com linguagem e solução de problemas, dentre outros sintomas não cognitivos, como distúrbios do sono e alterações termorregulatórias. Em sua forma mais comum, acomete principalmente a parcela mais idosa da população mundial. O envelhecimento humano inclui uma variedade de mudanças no organismo, de maneira que alguns estudos demonstram associações entre os déficits na termorregulação e a DA. O objetivo desse trabalho, portanto, foi avaliar o efeito da temperatura ambiente sobre os parâmetros comportamentais e termorregulatórios em modelo animal para a DA. Ratos Wistar machos foram submetidos à cirurgia estereotáxica, onde receberam injeções de estreptozotocina (STZ), icv, e à cirurgia para a implantação do datalogger, a fim de obter medições da temperatura corporal. Foram subdivididos em duas temperaturas: subneutra (22ºC) e termoneutra (26ºC). Para análise comportamental foi realizado o labirinto de Barnes e, para análise termorregulatória, os testes de seleção de temperatura ambiente de preferência, índice de perda de calor (HLI) e os dados de temperatura corporal. No labirinto de Barnes, os animais tratados com STZ e mantidos na temperatura subneutra, apresentaram prejuízos de memória e aprendizagem; nos animais aclimatados a temperatura termoneutra, a STZ não levou a esses prejuízos. Animais tratados com STZ e aclimatados à 26ºC mantiveram-se hipertérmicos por maior período de tempo do que os aclimatados a 22ºC. Com relação ao HLI, os animais aclimatados a temperatura de 22ºC e tratados com STZ apresentaram HLI menor quando comparado aos animais controles somente no período de 7 dias pós tratamento com STZ, perdendo a capacidade vasoconstritora com o passar do tempo. Nos animais tratados com STZ mantidos a temperatura ambiente neutra, o HLI se mostrou em média 40% menor do que o dos controles. No teste de preferência térmica, os animais tratados com STZ mantidos na temperatura subneutra, apresentam preferência por ambientes mais quentes com relação aos controles mantidos na mesma condição ambiental, demonstrado pelo maior tempo gasto por esses animais no ambiente de 30ºC em relação ao ambiente de 26ºC. No grupo mantido a temperatura neutra, não houve diferença entre STZ e controles com relação a preferência térmica. Assim, os dados aqui apresentados comprovam um potencial efeito protetor da aclimatação a temperatura termoneutra sobre a neurodegeneração induzida por STZ.