Sistema de Submissão de Resumos, VIII ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2018 (ENCERRADO)

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Estudo do papel das proteínas da família Bcl-2 na excitotoxicidade induzida por glutamato: alterações mitocondriais e perda da homeostase de cálcio
Talita dos Santos Gomes, Tiago Rodrigues

Última alteração: 2018-10-30

Resumo


Introdução. As doenças neurodegenerativas são um grupo de doenças crônicas e progressivas caracterizadas pela perda de funções cognitivas. Existem evidências que ocorre um acúmulo do aminoácido glutamato no meio extracelular de pacientes acometidos com essas doenças, como por exemplo, na doença de Alzheimer e na doença de Parkinson. O glutamato é um aminoácido não essencial, que participa de inúmeras vias metabólicas no organismo. É um dos principais neurotransmissores do sistema nervoso central em mamíferos, atuando em receptores específicos distribuídos pelo cérebro. Em doenças neurodegenerativas, se tem uma ativação excessiva desses receptores glutamatérgicos que está associada a uma condição patológica conhecida como excitotoxicidade glutamatérgica. Embora seja consenso que a excitotoxicidade glutamatérgica esteja associada à morte celular neuronal, os mecanismos moleculares permanecem não completamente esclarecidos. Objetivo. Avaliar o papel da proteína antiapoptótica Bcl-2 na excitotoxicidade glutamatérgica, bem como das possíveis alterações mitocondriais associadas à morte celular. Metodologia. A viabilidade celular foi determinada pelo teste de redução do 1-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-3,5-difenilformazan (MTT). Foi utilizada a microscopia de fluorescência para se observar as alterações morfológicas realizada pela dupla marcação com Hoescht 33342 e iodeto de propídeo. Resultados. O glutamato exibiu citotoxicidade de forma concentração-dependente dois modelos celulares de neuroblastoma, a linhagem SH-SY5Y (humano) e a linhagem Neuro-2a (camundongo). A inibição da proteína Bcl-2 exacerbou significativamente a citotoxicidade do glutamato na linhagem Neuro-2a, mas não na SH-SY5Y, sugerindo que a segunda é menos dependente de Bcl-2 para sobrevivência e resistência à morte celular na presença do glutamato. Faz-se necessária uma investigação mais aprofundada de aspectos moleculares relacionados à morte celular para a compreensão das diferenças de sensibilidade observadas a fim de esclarecer os mecanismos envolvidos.