Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

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FOTOSSÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DE IODETO DE PRATA RECOBERTAS COM PROTEÍNA E SUAS PROPRIEDADES FOTOCATALÍTICAS
Gustavo Pinheiro, Wanius J. G. Silva

Última alteração: 2019-09-19

Resumo


Neste estudo, nós progredimos na melhor compreensão do processo de fotossíntese das nanopartículas de iodeto de prata estabilizadas por proteína (proteína-AgI-NPs) e suas propriedades fotocatalíticas. Nanopartículas de metais nobres, como prata e ouro, apresentam propriedades físicas e químicas distintas daquelas de sua forma massiva (“bulk”). Assim, a aplicabilidade deste nanomateriais híbridos (orgânico-inorgânico) como fotocatalisadores tem grande potencial para emprego em processos de descontaminação de reservas de águas potáveis. Contudo, os métodos tradicionais utilizados na síntese de nanopartículas geralmente se baseiam no uso de substâncias tóxicas que podem ser adsorvidas nas superfícies das nanopartículas ou até mesmo serem liberadas no meio ambiente. Com isso, neste estudo desenvolveu-se uma rota alternativa que utilize material de fonte orgânica (proteína β-glicosidase GH1 da bactéria Thermotoga petrophila) a fim de substituir essas substâncias tóxicas normalmente empregadas no revestimento e estabilização desses nanomateriais. O processo de síntese ocorreu na presença da proteína β-glicosidase e iluminação com luz azul, respeitando assim os preceitos da Química verde. Por fim, nós realizamos uma avaliação da viabilidade de aplicar este nanomaterial híbrido como fotocatalizador com o intuito de agir como um agente descontaminante. Nossos resultados mostraram que as proteína-AgI-NPs foram capazes de biodegradar o corante azul de metileno quando iluminado com luz no espectro da região do visível. Estes resultados são promissores para aplicações biotecnológicas.