É possível simular a variação da posição de sons apresentados em fones de ouvido pela variação da diferença de tempo interaural (ITD). No plano horizontal, sons são identificados por meio de pistas acústicas de localização, assim sendo, o ITD para frequências baixas, e a diferença de volume interaural (ILD) para sons de frequências altas. Não obstante, diferenças sistemáticas nas respostas fisiológicas integradas à detecção de novidades auditivas, podem ser melhor descritas considerando as estatísticas naturais do som. Dessa forma, o objetivo do projeto em que esse trabalho está inserido é determinar qual destas estatísticas estima a melhor percepção do mesmo: a taxa de variação do ITD (ou ILD) no espaço, a variabilidade no tempo, ou a razão dessas duas medidas. Nesse estudo verificamos que há modulação do tamanho da pupila com variações de ITD ou ILD num protocolo oddball, em que tons desviantes raros são apresentados intercaladamente com tons repetitivos. Análises posteriores, subdividindo as condições revelam que essa mudança é mais evidente quando os tons repetitivos são apresentados na posição frontal em protocolos variando o ITD. Esse achado dá suporte a hipótese de que as estatísticas naturais do som são relevantes para detecção de novidades auditivas no geral, pois há maior discriminabilidade estatística nas regiões frontais. Essa generalidade do achado ocorre porque as três estatísticas apresentam maior discriminabilidade frontal. Próximos passos consistirão em analisar qual dessas estatísticas é o melhor modelo preditor.