Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

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Adesão ao tratamento em crianças e adolescentes com diagnóstico de asma e diabetes mellitus tipo 1 na rede pública de saúde do município de São Caetano do Sul, SP
Gabriela Carneiro Almeida Silva, Vanessa Bugni Miotto e Silva, Leonardo Polito Bianchini

Última alteração: 2019-09-24

Resumo


Estudos relacionados à adesão ao tratamento em doenças crônicas revelam diversos fatores relacionados à má adesão como dificuldades financeiras, complexidade do plano terapêutico, relação médico/paciente insatisfatória, entre outros. Os objetivos desse estudo foram avaliar as taxas de adesão ao tratamento medicamentoso em crianças e adolescentes com asma e diabetes mellitus tipo 1 (DM1) acompanhados na rede pública de São Caetano do Sul-SP, as causas da má adesão e suas associações, incluindo satisfação com os serviços de saúde.

Foram incluídos pacientes com diagnóstico de asma ou DM1 entre dois e dezoito anos de idade e que estivessem em uso de pelo menos um medicamento na avaliação. Foram aplicados questionários quantitativo e qualitativo para avaliação da adesão, o questionário ABEP 2016 e o módulo Satisfação com o Serviço de Saúde do Pediatric Quality of Life Inventory. As taxas de adesão foram calculadas através da relação entre o tratamento realizado e o prescrito e os pacientes foram definidos com má adesão quando essa relação foi menor ou igual a 80%.

Foram avaliados 15 pacientes, 14 com asma e 1 com DM1. Destes, 8 eram meninos, com média de idade na avaliação de 9,2 anos e média de idade ao diagnóstico de 2,8 anos.

Em relação ao questionário quantitativo, os responsáveis pela medicação são a mãe (53,3%) e o paciente, com ou sem supervisão de um adulto (46,7%). Mãe e pai são os principais provedores da família, 66,7% são casados/amasiados e 86,7% das famílias estão entre as classes econômicas B e C. A maioria dos entrevistados (86,7%) sabe referir o nome do médico, 73,3% referem receber informações sobre sua doença, mas gostariam de receber mais informações. Cada paciente utiliza cerca de 3 medicamentos. Dos 15 pacientes, 66,7% relataram boa adesão e 33,3% relataram má adesão ao tratamento (média de 54,84%). Não houve diferença entre os grupos em relação às variáveis avaliadas.

Em relação ao questionário qualitativo, a principal barreira para a boa adesão esteve relacionada às medicações (quantidade, apresentação, posologia e esquecimento). Na avaliação da satisfação com o serviço de saúde, a média do escore geral foi de 77,5%.

Os profissionais de saúde devem estar atentos aos fatores relacionados à má adesão, incluindo sua atuação como fator determinante das decisões e acolhimento do paciente e cuidadores. A criação de estratégias para promoção de boa adesão para pacientes com doenças crônicas na infância e adolescência são importantes para se alcançar a melhor resposta ao tratamento.