Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

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ENSAIOS DE VIABILIDADE CELULAR: UM ESTUDO COMPARATIVO DE METODOLOGIAS QUANTITATIVAS
Laurent Rodrigues Rezende, Christiane Bertachini Lombello

Última alteração: 2019-09-25

Resumo


A cultura celular abrange diversas técnicas que visam a obtenção e manutenção, in vitro, de células, permitindo uma série de ensaios básicos e fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa nas áreas biológicas e biomédicas. A viabilidade celular, uma medida mais rotineiras e relevantes para os ensaios, verifica a taxa de células viáveis. Além de ser utilizada na verificação da qualidade das linhagens durante cada subcultivo, a quantificação da viabilidade celular é necessária para o controle do número de células presentes em cada ensaio, possibilitando a padronização das respostas obtidas. Os protocolos mais comuns para verificação da viabilidade celular se baseiam na funcionalidade de um parâmetro inerente à sobrevivência celular. A morte celular, porém, é um evento complexo e multifatorial, que tem como característica a perda irreparável das funções e característica celulares. Dessa forma, os testes atualmente empregados, com avaliação unifatorial, apresentam limitações, acarretando em resultados inconsistentes em certos casos. Este trabalho visa estabelecer um comparativo entre algumas das técnicas de viabilidade celular mais empregadas: exclusão do Azul de Tripan, coloração com Cristal Violeta,  redução do MTT,e retenção do Vermelho Neutro. A citotoxicidade foi analisada na linhagem celular Vero. Para indução de citotoxicidade, utilizou-se extratos de filme de PLA, e de caule de Gustavia Augusta, planta nativa de importante potencial farmacológico. O extrato de PLA não apresentou citotoxicidade. O extrato aquoso de G. Augusta apresentou desvios entre as técnicas: o ensaio por retenção do Vermelho Neutro não apresentou citotoxicidade para a concentração de 50 ug/mL do extrato. Todos os ensaios demonstraram citotoxicidade para os extratos de G. Augusta à partir de 50 ug/mL. A metodologia de Cristal Violeta apresenta menor custo associado, menor desvio-padrão, juntamente com os ensaios de Azul de Tripan e MTT apresentam dados corelacionados com os achados morfológicos. Azul de Tripan e MTT apresentam um custo médio de execução, não registraram altas taxas de desvio-padrão, com maior dificuldade técnica do Azul de Tripan. O ensaio por Vermelho Neutro apresentou o maior custo associado, baixa taxa de desvio-padrão, e não obteve um padrão dose-resposta condizente com as demais técnicas e análises morfológicas executadas. A variação encontrada entre os resultados de cada técnica, porém, aponta para a importância da combinação de múltiplas análises para uma determinação mais confiável de parâmetros quantitativos.