Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

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Avaliação do conhecimento e dos fatores de risco associados à Tríade da Atleta entre acadêmicos de Educação Física
Raphaella França Fiorita, Debora Alessandra de Castro Gomes

Última alteração: 2019-09-28

Resumo


Introdução:

A Tríade da Atleta é uma síndrome que se manifesta em mulheres fisicamente ativas, que estão no menacme ou que ainda não menstruaram. Ela é composta de baixa disponibilidade de energia com ou sem distúrbio alimentar, disfunção menstrual e baixa densidade mineral óssea (DMO), as quais podem ocorrer isoladamente ou em combinação entre as mesmas.

Objetivo:

Avaliar o conhecimento da Tríade da Atleta (TA) e fatores de risco associados entre acadêmicos de Educação Física.

 

Métodos:

Realizou-se um estudo de corte transversal observacional, através da aplicação do questionário “The Leaf-Q” a estudantes de Educação de Física na Universidade Municipal de São Caetano do SUL (USCS). Foram avaliadas características sócio demográficas, conhecimento sobre a TA e fatores de risco associados. Análise estatística: Foram realizados análise exploratória de dados através de medidas de resumo, os testes de Mann-Whitney e Qui-Quadrado para comparação entre os sexos e ano de graduação dos alunos e o coeficiente de Spearman para correlação do IMC com os componentes do questionário. 

Resultados:

Responderam ao questionário 278 estudantes. A média de idade foi 23,4 anos, a maioria era do sexo masculino, não caucasiano e já havia cursado mais da metade do curso. Sete por cento (7%) disseram já ter ouvido falar sobre a TA e 27,7% (5 de 18) foram capazes de citar espontaneamente seus componentes, com uma diferença significativa (p<0,05), entre os grupos. Porém, quando questionados isoladamente sobre o papel de cada um dos componentes da TA na saúde de mulheres fisicamente ativas, 40,6% reconheceram a associação com alterações no ciclo menstrual e 38,8% com a fratura por estresse. Enquanto 44% não caracterizou as alterações no peso corporal como sinal de alerta para a ocorrência de comorbidades. Os alunos nos dois últimos anos de graduação acertaram mais questões e demonstraram maior conhecimento da alteração do ciclo menstrual com a TA (P=0,010). O sexo feminino acertou mais questões (P = 0,007) e demonstrou maior conhecimento da associação da TA com a menstruação (P = 0,031), distúrbio alimentar (P= 0,008) e baixa DMO (P = 0,009). O IMC, através do distúrbio alimentar, teve correlação fraca negativa com o conhecimento da TA.

Conclusão:

O conhecimento da TA e os fatores de risco associados entre estudantes de Educação Física foi baixo. Evidenciando que existem lacunas nesta área e educar os futuros  treinadores sobre esta condição constitue um importante meio de prevenção para sua ocorrência.

Palavras-chave: Tríade da Atleta, Disfunção Menstrual, Atividade Física.