A segregação residencial no Brasil se apresentou durante décadas como vinculado primeiramente à renda. Dentro da categoria de estudos de mais de duas gerações de sociólogos brasileiros, a raça se apresenta como variável a ser discutida desde que condicionada e subordinada à classe social. O presente projeto de pesquisa se propõe analisar a segregação residencial na Região Metropolitana de São Paulo comparada à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a partir das estruturas de raça e classe social traçando um paralelo entre os dois grupos e mensurando os pontos de cisão e de intersecção. Para tanto, serão aplicadas técnicas de mensuração de segregação residencial em microdados censitários dos anos de 2010 e técnicas de geoprocessamento para a visualização e comparação dos distintos estados de segregação nas duas metrópoles, cujo foco foi a análise das desigualdades da distribuição espacial de negros e brancos, complementando-a através da aplicação de índices globais e locais de isolamento e exposição entre grupos populacionais.