Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

Tamanho da fonte: 
As concupiscências humanas nas "Confissões" de Agostinho de Hipona
Kadu Leandro Firmino, CRISTIANE Negreiros Abbud AYOUB

Última alteração: 2019-11-02

Resumo


No décimo livro de suas Confissões, Agostinho coloca-se numa reflexão a respeito das concupiscências, analisa sua relação com essas vontades irrefreadas e pensa como elas afetam universalmente a humanidade. Através da leitura deste texto, torna-se evidente que na doutrina agostiniana a concupiscência afirma o caráter insuficiente da vontade. A vontade é insuficiente para amar com plenitude aqueles bens que são eternos, pois tem em si a tendência natural de ser dividia e contraditória. Dividida, ela se perde nos amores aos bens temporais; amores os quais, fortalecidos pelo hábito tornam-se necessidades viciosas, as chamadas concupiscências. É, portanto, no sentido de encontrar os limites de sua própria virtude que Agostinho, neste trecho de sua obra, focaliza seu trabalho de confissão no fenômeno da concupiscência. E é neste sentido que ele acaba conseguindo descrever como a concupiscência acentua universalmente o caráter contraditório e insuficiente da vontade humana.