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O trabalho versa analisar o diálogo entre duas das maiores religiões monoteístas do mundo, o islamismo e o judaísmo, a fim de pontuar suas atuações internacionais e observar em que medida as conversações entre elas influem sobre os direitos humanos e a resolução de pacífica de conflitos internacionais. Busca-se resgatar conceitos da ciência da religião e a história de ambas religiões referidas, perpassando por conceitos como tolerância, globalização, terrorismo e questões existenciais. O estudo das religiões sobre o recorte temporal do século XXI nos permite ter uma compreensão mais adequada dos acontecimentos recentes que as envolvem, como os conflitos, as guerras, as migrações e a crise humanitária, e nos possibilita uma análise atual aprofundada acerca do islamismo e do judaísmo. Nota-se que o diálogo inter-religioso se insere nos discursos políticos internacionais atuais e é substrato importante para a movimentação do direito internacional, de forma a oferecer uma alternativa de solução de reparação de violações de direitos, resolução não-violenta de controvérsias e incentivo a coexistência pacífica entre as mais diversas formas de entender o mundo. O diálogo inter-religioso se fez, ao longo desses 18 anos, - e ainda se faz - extremamente necessário para manutenção dos direitos humanos, no sentido de garantir boas práticas de conciliação e resolução pacífica de conflitos, além de basear a perspectiva de reparação de violações, em que, por sua vez, precisa da comunicação para que haja defesa de direitos básicos. O grande desafio do presente século é justamente como engajar correntes religiosas para que entendam e se abram ao outro e se esforcem e contribuam com a criação de espaços de trocas e diálogo entre diferentes tradições e fés.