Sistema de Submissão de Resumos, IX ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - 2019

Tamanho da fonte: 
Análise da resposta glial astrocitária no córtex pré-frontal de ratos após anóxia neonatal
Fernanda Costa Souza, Silvia Honda Takada, Alexandre Hiroaki Kihara, Alexandre Hiroaki Kihara, Alexandre Hiroaki Kihara, Alexandre Hiroaki Kihara, Alexandre Hiroaki Kihara, Alexandre Hiroaki Kihara

Última alteração: 2019-10-01

Resumo


Anóxia neonatal é a privação de oxigênio ao nascimento que pode levar ao desenvolvimento de sequelas cognitivas, comportamentais e motoras permanentes, como por exemplo a paralisia cerebral, TEA (Transtorno de Espectro Autista), déficits intelectuais, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, entre outros. Existe uma alta susceptibilidade do encéfalo à redução dos níveis de oxigênio, pois ele é responsável por grande parte do consumo energético, tendo como consequência morte celular em larga escala, principalmente em regiões mais vulneráveis, como o córtex cerebral e o hipocampo. As modificações metabólicas que ocorrem frente à privação de oxigênio envolvem redução drástica das reservas energéticas da célula e dos gradientes de Na+, resultando em falhas na recaptação do glutamato e incremento tóxico de glutamato extracelular, levando à morte celular por excitotoxicidade, tanto de neurônios como de células gliais. Dentre as células gliais, os astrócitos são os mais abundantes, correspondendo a cerca de cinco vezes mais que a quantidade de neurônios. Após um trauma ou lesão no sistema nervoso, os astrócitos proliferam, aumentam de tamanho e sofrem fibrose pelo acúmulo de filamentos, expressando maior quantidade de proteína acídica fibrilar glial (GFAP), conjunto de características conhecida como astrogliose ou astrocitose reativa. Assim, o objetivo do presente projeto foi verificar se a anóxia neonatal causa alterações na resposta glial astrocitária no córtex pré-frontal de ratos neonatos. Para a anóxia, foi utilizado modelo previamente validado e descrito em literatura; para análise da distribuição de astrócitos, está sendo utilizada a metodologia de imuno-histoquímica contra GFAP; foi também realizada a quantificação dos níveis proteicos de GFAP no córtex pré-frontal destes animais. Novos grupos foram adicionados ao projeto, com o objetivo de verificar os efeitos da fotobiomodulação na resposta astrocitária após anóxia neonatal. Não houve alterações dos níveis proteicos de GFAP no grupo submetido à anóxia neonatal, porém foi observado que a irradiação reduz os níveis de GFAP nos animais do grupo anóxia, sugerindo possível efeito modulatório da irradiação sobre a resposta astrocitária. Mais estudos, porém, são necessários para avaliar as consequências dessa modulação e seu potencial terapêutico.