A utilização do gesso ganhou um grande destaque por ser uma excelente alternativa na construção civil na forma de revestimentos internos e placas divisórias. Porém, trata-se de um material com alta velocidade de endurecimento, e muitas vezes, por conta da falta de controle no momento de aplicação, ocorre um alto desperdício do mesmo, gerando grandes quantidades de resíduos que devem ter destinação controlada. Uma possível solução é na reciclagem do resíduo, porém o gesso reciclado comporta-se de maneira diferente em relação ao comercial, apresentando uma redução no tempo de pega, que é o tempo útil de utilização, fator este que compromete sua aplicação, podendo resultar em mais resíduos. Esta pesquisa tem como objetivo estudar a incorporação de aditivos retardadores de pega na produção de pastas de gesso reciclado, de forma a viabilizar seu uso. O processo de reciclagem foi realizado em uma estufa a 145 °C por 27 minutos, onde a amostra foi dividida em 100 gramas por vez, para garantir que o calor atingisse todo material de forma uniforme, e que a calcinação ocorresse em todas as partículas. Para confirmar a eficiência deste processo, fez-se verificações da umidade final da amostra, cujo resultado foi o mesmo da umidade do gesso comercial, de 7,29%. Ensaios de cinética de temperatura foram realizados para os gessos na forma comercial e reciclado sem aditivos e com 5 tipos de aditivos em diferentes teores, entre eles retardadores de pega de gesso e de cimento e dispersantes. Os melhores resultados foram obtidos para as pastas de gesso reciclado preparadas ora com 0,24% de citrato de sódio e ora com 1,5% de bórax, que apresentaram comportamentos semelhantes ao gesso comercial evidenciando assim que o tempo de pega do gesso reciclado pode ser ajustado, viabilizando seu uso.