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O alho (Allium sativum L.) é rico alicina. A alicina sofre reação enzimática e é convertida em Sulfeto de Hidrogênio (H2S). O H2S pode elevar os níveis de VEGF (fator de crescimento endotelial) e promover a angiogênese. Esse trabalho tem o objetivo de avaliar o efeito do alho na reparação tecidual e vascularização da pele.  Material e métodos: Utilizamos 30 ratos Wistar onde foram realizadas duas lesões excisionais longitudinais no dorso da pele. A lesão do lado esquerdo dos animais foi tratada com creme de alho fresco (G1) ou com creme de alho germinado (G2) e a lesão do lado direito dos animais foi tratada com o placebo, controle 1 (ctl 1) e controle 2 (ctl 2). Após, esses animais foram eutanasiados com 3, 7 e 14 dias de tratamento. As feridas foram coletadas, processadas e coradas com HE para análises morfológicas e contagem dos vasos sanguíneos, picrossírius- hematoxilina para análise do colágeno e resorcina fucsina com oxidação para análise das fibras elásticas. Resultados: Com 3 dias observou-se crosta fibrinosa, tecido de granulação e infiltrado inflamatório. Neste dia, o G1 e o G2 apresentaram menor infiltrado inflamatório quando comparado aos seus controles. Com 7 dias, o G1 e G2 apresentaram importante diminuição do tecido de granulação, as  fibras de colágeno e elásticas apresentaram-se mais compactadas e organizadas quando comparadas com o grupo ctl 1 e ctl2. Com 14 dias de lesão, tanto os grupos tratados como controles apresentaram a epiderme regenerada e no tecido fibroso nota-se numerosas fibras de colágeno, porém, no G1 e G2, o tecido fibroso apresentou fibras colágenas e elásticas mais delicada e organizadas. Já a quantidade de vasos foi maior no G1 e G2 em comparação com os controles, no entanto, não houve diferença significativa. Conclusão: Assim, concluímos que o alho acelera o processo de reparação tecidual deixando a cicatriz com melhor aspecto além de promover aumento na quantidade de vasos nas etapas proliferativas e de cicatrização.